O homem busca o tempo todo sua plenitude. Quer alegria plena. Quer vida plena. Mas procura onde tudo é pó e nada mais. É curioso [...] ontem mesmo um amigo e eu conversávamos quando ele me disse que o nada é onde há mais espaço, único lugar onde cabe exatamente tudo (S.S). Todos nós temos um desejo de sermos plenos, mas tão poucos de nós sabem onde encontrar esse tesouro.
Os únicos que o encontraram abandonaram tudo. Se desapegaram de tudo. Renunciaram a tudo. Entraram no deserto, na solidão da alma separada do mundo, das criaturas e coisas. Se encontraram consigo e, ali, de tudo despojados, com DEUS. A plenitude está em nada ter. Em tudo dar. Em nada ser.
Quando o homem compreenderá a imensidão de sua alma e a finitude deste mundo? Há um medo de adentrarmos nosso deserto. Mas enquanto a criatura não abandonar tudo aquilo a que se apegou, não conseguirá fixar seus olhos em DEUS.
Vejam os pássaros que nada têm. Nada carregam consigo senão o próprio peso. Não lhes falta. Engraçado que quando querem se referir à liberdade, citam pássaros... Justo estes, tão pobres, tão pequenos [...] Tão despojados não se preocupam com nada mais do que fazer o que nasceram para fazer: voar.
Pobre do homem que não vê que possui asas e insiste em se agarrar a fardos pesados.
Se agarre a DEUS (Mt 11; 30)
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