05 outubro, 2014

Desses tempos

     Autoconhecimento, abaixar-se, morrer, desestruturação [...] é tudo isso de uma vez só e tão condensado que nem dá pra perceber a diferença de um e outro. É tudo flor que nasce no mesmo caminho: o do Céu (tão belo). E todas elas, se cuidadas e colhidas, dão um lindo ramalhete com o qual presenteamos Nosso Senhor.
     É um constante descobrir-me. Descobrir-me mulher, filha de Deus, esposa, mãe, irmã, amiga... Descobrir-me tantas coisas ainda que pareça um nada. É cegar meus olhos para ver com o olhar do Pai, do meu Papai que sempre me enxerga como pequena criança, tão fraca e tão necessitada de amor. É permitir-se viver aquilo que Teresinha sempre dizia: do abandono, da infância, da pequenez. É deixar de ser teoria para fazermos concreto tudo que acreditamos conter plenitude. 
     Não há lugar melhor que o Coração dAquele que nos criou para nos encontrarmos. E não há lugar melhor do que o nosso coração para O encontrar. De todas as criaturas, somos seus prediletos. Ele nos fez e, então, tudo se tornou muito bom. Ele nos contemplou e, então, descansou. Somos o descanso de Deus, Sua hospedaria, onde repousa silencioso o Amor. De tudo o que aprendi, apenas uma coisa me é realmente necessária: a eternidade. E comparado a ela, tudo aqui é nada. 

"Sofro, vivo e morro ao mesmo tempo, mas não trocaria minha vida por nada nesse mundo. Desejaria voar, gritar para que todos me ouvissem: amai só a Jesus!" (minha poverella Gemma) 

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