30 novembro, 2012

Eco

Houve grito mais eficaz que o silêncio da Cruz? Há prova mais digna de fé que a Paixão de Nosso Senhor?  É o grito de amor do Cordeiro, é a voz de Deus que se perpetuou no silencioso brado da Cruz [...] é a voz do Cristo que se propaga sem fim. E não há como calar essa voz. O Amor foi crucificado e, ali, tempo e espaço se renderam. Tornou-se infinito; fez-se ontem e hoje... insigne calar. Grita. Ruge. 

Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. ( Salmo 18) 

28 novembro, 2012

Pequenas coisas

     Hoje DEUS resolveu regar a terra. Assim que a melodia e o perfume anunciaram a chuva, fui logo correndo vê-la pela janela. Olhei para o céu e, como de costume, sorri. Procurei dentre as grades um espaço para o meu braço e o estendi. Feito isso pedi 'só uma gotinha, DEUS meu'. E uma, bem pequena, caiu no meu mindinho. Estendi ainda o máximo que conseguia e, novamente o pedi, apenas uma gota. E assim se fez. Uma gota caiu em meu braço.
      Me pergunto se meu doce JESUS não se cansa de atender aos pedidos do meu coração. Tantos lugares  para essa pequena gota alcançar e, de toda vontade, ela veio até mim. Apenas uma gota de chuva caída no meu braço foi o bastante para regar toda a terra do meu coração. Apenas uma gota de sangue de meu SENHOR é o suficiente para tornar fecunda toda a Terra. 
      Não te surpreendem os pequenos detalhes, as pequenas coisas? Há tanto a ser dito por elas. Mas precisamos nos fazer pequenos para, assim, alcançá-las e ouvi-las claramente. Faça-se pequeno. Faça como essa pequena gota e se derrame na perfeita e doce vontade de DEUS.

                                                                     Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo

23 novembro, 2012

O segredo

                Não há fecundidade maior que a morte. No entanto, é preciso saber que esta não se deve esperar para realizar-se no fim, mas no início de tudo. A fecunda morte em vida. A semente que se abandona na terra, a gota que se derrama no mar, o sopro que se une à brisa [...] tudo morre. Mas para tornar-se parte de um todo, completo, rico, pleno.
                   Aqui está o segredo de tudo: a morte. Basta sabermos aquilo que, em nós, necessita morrer para que nos tornemos fecundos e, assim, gerarmos os doces frutos que o Amor nos dá. 
                 Tesouro que se esconde na pobreza. Bendito abandono de si no Tudo. Fecunda existência oculta no Coração aberto de Cristo. Fecundo madeiro da Cruz, da qual a vida é fruto.

- Que o imenso mar de DEUS te consuma.

                                                                         Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo