07 janeiro, 2013

Do verbo amar

O amor [...] além do tempo e espaço. Incompreensível. Incontestável. Paciente. Bondoso. Humilde. Às vezes um mistério inatingível. Outras, algo extremamente simples. Provado no fogo como a prata e o ouro. Firme como rocha, base de toda edificação. Usamos tal palavra designando algo para nós incompreensível. Sendo possível apenas sentir e reconhecer. Não se mede. Único. Quando presente ocupa todo o espaço, não cedendo o lugar a mais nada. Presença, mesmo na ausência. Memória Guardada. Doação e renúncia. Doloroso. Doce. Percebi que o que guardo é verdadeiro. Enraizado em mim já não pode abandonar-me. Sua presença alivia todo fardo, fortifica o braço já cansado, anima e dá brilho aos olhos. Sentido à vida. Não carrego o amor, é ele que, tomando-me, me carrega. Sinceramente, me orgulho por poder dizer que amei (e amo!) tão intensamente. O amor, ao mesmo tempo, nos prende e nos faz livres. Nos fere e nos cura. Nos queima e nos alivia [...]. Jamais compreenderei o amor. Jamais compreenderei como porto apenas a metade do que sinto ser um. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário